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Como contratar para a Geração Z: o que o RH da Loud ensina sobre conectar propósito, cultura e transparência

Falar sobre a Geração Z é, inevitavelmente, falar sobre mudança. Essa geração nasceu conectada, busca propósito antes de status e não aceita discursos vazios — e isso tem desafiado empresas de todos os tamanhos a repensar como se comunicam, contratam e retêm talentos.

No primeiro episódio do Kolabcast, Felipe Marlon, da Kolab, conversa com Felipe Costa, Head de People da Loud, sobre o que significa contratar (e engajar) jovens profissionais em um cenário onde autenticidade e velocidade caminham lado a lado.

 

1. A nova lógica do RH: da hierarquia à comunidade


Felipe Costa não começou no RH. Formado em Direito, fez uma virada de carreira após perceber que queria trabalhar mais com pessoas do que com processos. Da KPMG à Suzano e, hoje, à Loud, ele viu de perto como a área de People deixou de ser apenas operacional para se tornar estratégica — especialmente quando o público é jovem.

Na Loud, isso significa entender que o RH não fala apenas com candidatos, mas com uma comunidade. São 50 milhões de pessoas que acompanham o universo da marca e que enxergam nela um espelho de valores, linguagem e comportamento.

“Nosso maior desafio é suprir a expectativa de quem é fã da Loud e chega para trabalhar aqui dentro. É fazer com que a experiência de candidato e colaborador tenha o mesmo brilho que existe do lado de fora”, conta Felipe.

 

2. Quebrar estigmas: a Geração Z entrega (e muito)


Um dos principais pontos trazidos na conversa é o quanto o RH ainda precisa quebrar preconceitos sobre as novas gerações.

“É comum ouvir que a Geração Z não quer trabalhar, que é imediatista. Mas esse tipo de estigma só afasta o diálogo”, reforça Felipe.

Na prática, o que essa geração busca é transparência e coerência. Ela valoriza empresas que falam abertamente sobre desafios, que mostram bastidores e que deixam claro que nem tudo é glamour — mesmo em empresas amadas como a Loud.

 

3. Transparência e propósito: os novos critérios de engajamento


Felipe explica que o processo seletivo precisa ser realista e transparente desde o primeiro contato.

Na Loud, o time de People deixa claro aos candidatos: “Você pode ser fã da marca, mas o desafio aqui é outro. É sobre construir, não apenas participar do glamour.”

Essa honestidade se transforma em um dos maiores fatores de engajamento. A Geração Z quer pertencer a algo que faça sentido, não apenas ter um crachá. É isso que faz com que ela escolha empresas alinhadas com seus valores, mesmo que isso signifique abrir mão de salários maiores.

 

4. O papel da personalização no recrutamento


O programa de estágio da Loud, feito em parceria com a Kolab, é um exemplo prático dessa mentalidade.

Foram mais de 11 mil inscrições nas primeiras 24 horas, e o segredo não estava no volume — mas na experiência criada.

A jornada foi totalmente personalizada: os candidatos vivenciaram o universo da Loud desde a inscrição, com etapas digitais intuitivas, comunicação via WhatsApp e vídeos gravados pelos próprios gestores.

“Personalizar não é só usar a linguagem da marca, mas criar uma experiência fluida e autêntica, onde o candidato se sinta parte do ambiente”, explica Felipe.

Além de estagiários, o processo revelou talentos que acabaram contratados para vagas efetivas.

Mais do que selecionar, o programa construiu marca empregadora: mesmo quem não foi aprovado saiu com uma visão positiva da empresa.
 

5. Resultados que vão além das contratações


O sucesso do programa de estágio foi medido não só por números — que impressionam —, mas pelo impacto qualitativo.

A taxa de conclusão das etapas foi três vezes maior que a média de processos tradicionais.

Isso porque, segundo Felipe, “a experiência foi pensada como uma conversa, não um filtro”.

Hoje, a Loud colhe os frutos de um trabalho iniciado há dois anos: uma cultura sólida, baseada em ambidestria — a capacidade de equilibrar entregas rápidas com visão de longo prazo.

“Credibilidade não dura para sempre. Ela precisa ser construída e mantida”, conclui Felipe.

 

6. Lições para quem quer contratar a Geração Z


O papo entre os Felipes deixa algumas lições claras para quem está repensando seus processos de recrutamento:

Abandone os estigmas. Entenda a Geração Z como um público diverso e exigente, não como um problema.

Seja transparente. A autenticidade vale mais do que qualquer discurso de employer branding.

Crie propósito compartilhado. Mostre o impacto real do trabalho dentro da empresa e para a sociedade.

Invista na experiência do candidato. Cada etapa é uma oportunidade de construir (ou destruir) a sua marca.

Planeje a longo prazo. Cultura e confiança não se constroem em três meses — exigem consistência.
 

Conclusão


A contratação para a Geração Z não é sobre seguir tendências, mas sobre construir relações verdadeiras.

Empresas como a Loud mostram que, quando o RH fala a língua das pessoas — com propósito, personalização e clareza —, ele deixa de ser apenas um processo e se transforma em uma ponte entre gerações.
 

Quer assistir o episódio completo do Kolabcast com Felipe Costa (Loud)?

Veja no YouTube da Kolab ou ouça no Spotify.
 
Link do Youtube (com vídeo): https://youtu.be/HVelCXz9EWE

Link do Spotify (apenas áudio): https://open.spotify.com/episode/3KPKelyer3C1NhQfkZsYX4?si=b0NT5WVBQiGJTLpyVaCfzA

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